domingo, 13 de novembro de 2016

Ritmo de Ocupação é mais veloz que da Infra Estrutura


Várias cidades do Rio de Janeiro ainda precisam de muitas melhorias, o que faz com que os próximos prefeitos tanham um grande desafio pela frente. Uma pesquisa, exibida neste sábado (12) pelo RJTV, mostra que o ritmo das obras de infraestrutura é bem menor que a velocidade das ocupações.

Em Seropédica, na Baixada Fluminense, nem a rua da prefeitura escapa. Moradores da região já desistiram de esperar melhorias. Após mais uma enchente, os próprios moradores fizeram uma obra de recuperação do local, com novos canos e um bueiro.

"Foi um mutirão que nos fizemos aqui com cinco pessoas. Nós pegamos aqui, abrimos, o rapaz do quiosque comprou o cano, e colocamos ali porque enchia muito de água", contou o topógrafo Marcelo Marques.
A funcionária pública Neli de Oliveira reclama que não tem asfalto onde mora. "É tudo horrÍvel, é lama, muito buraco, quando tem sol é muita poeira, é um estado de calamidade que a gente vive".
De acordo com a pesquisa, a quantidade de ruas de terra supera o número de vias asfaltadas em nove dos vinte e um municípios da região metropolitana (veja os números abaixo):
Itaboraí - 81%
Maricá - 73%
Tanguá- 68%
Magé- 60%
Japeri- 58%
Cachoeiras de Macacu- 56%
Rio Bonito- 55%
Guapimirim - 51%
Em Seropédica, a maioria das ruas não tem asfalto nem calçada, 62% das ruas não têm pavimentação.
A população procura os terrenos mais baratos, longe de tudo e sem estrutura básica. As redes de água, esgoto e iluminação precisam percorrer caminhos cada vez mais longos pra atender grupos pequenos de casas, em comunidades espalhadas numa grande área, o que deixa tudo mais caro para as concessionárias destes serviços e também para os consumidores.
Pelas contas da Câmara Metropolitana, atualmente, custaria R$ 26 bilhões para urbanizar todas as ruas, mas este valor não para de crescer porque cada vez mais casas surgem todos os dias em novas áreas.
"A gente percebe que estamos enxugando gelo. Quer dizer, a demanda cresce mais do que a capacidade de responder (...) Município, estado e a União vão ter que trabalhar juntos", explica Vicente Loureiro, diretor-executivo da Câmara Metropolitana.

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